A maioria das operações está no Rio de Janeiro, são 11. O melhor desempenho dentro da BRMalls é do Shopping Tijuca, que recebe 1,5 milhão de pessoas todo mês. A Delivery Center chegou ao empreendimento carioca em julho de 2018 e hoje as vendas correspondem a 2% do total, o que representa um incremento de 17% nos negócios, de acordo com a superintendente Juliana Blanco.
“A plataforma se mostra muito importante dentro da nossa estratégia de aceleração multicanais, não somente para o aumento das vendas para o lojista, mas para a captação de público a mais de 4 quilômetros do shopping, além da facilidade para o consumidor.”
Juliana Blanco, superintendente do Shopping Tijuca.
Isso é apenas o começo de uma revolução no segmento. Até 2021, a Delivery Center planeja inaugurar 200 unidades nos principais centros urbanos brasileiros com um investimento de R$ 400 milhões. “Um impacto bastante grande no mercado”, afirma o CEO. Neste momento, a expansão da startup está voltada ao mercado de São Paulo, que terá em torno de 40 shoppings. Ainda em 2019, a meta é inaugurar a operação em Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
Recentemente, a empresa de shoppings Multiplan anunciou a aquisição de 18,79% do capital social da Delivery Center Holding S.A. O acordo prevê a exclusividade na operação e na instalação de centrais de entregas nos 18 shoppings atualmente istrados pela rede, além do investimento de R$ 12 milhões. Também são sócios da Delivery Center o Outback, o grupo de restaurantes Trigo e a família Galló, de José e Christiano Galló (pai e filho).
O modelo começa a se replicar pelo país. A Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A anunciou recentemente a de uma parceria com o iFood, para a criação de uma solução completa de organização da atividade de food delivery em seus shoppings. Nos mesmos moldes, o projeto prevê a criação de uma área única de expedição par a retirada dos pedidos nas praças de alimentação, restaurantes e supermercados.
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As centrais da Delivery Center ficam dentro dos shoppings ou em seus estacionamentos e mantêm uma equipe de pessoas que recebem os pedidos de consumidores, coletam os itens junto aos lojistas e fazem a entrega rápida via motoboys. Diretamente nas estruturas chamadas de central de delivery, os entregadores retiram os pedidos recebidos pela plataforma, como uma forma de trazer mais segurança e rapidez à operação.
Até a chegada da Delivery Center, o shopping center era o pior lugar de delivery do Brasil, hoje é o melhor, observa Blazoudakis.
“O motoboy entrava com a bag e precisava caminhar muito até chegar à praça de alimentação. Era uma demora de 15 minutos somente para pegar o pedido no restaurante. Agora, o nosso motoboy já está lá, na central que instalamos. Isso reduziu o tempo de coleta do pedido para dois minutos, o que impactou muito no tempo de entrega até a casa dos clientes.”
Segundo Blazoudakis, um dos reflexos é o aumento de nota na plataforma iFood dos restaurantes que a startup ou a atender, ando de 3,7 para 4,6. “Quando isso acontece, o restaurante sai da quinta página no iFood para a primeira, o que aumenta muito a visibilidade e as vendas. Isso se espalhou e, agora, estamos expandindo.” O executivo conta que 80% dos pedidos chegam em 40 minutos. “Com nosso modelo conseguimos entregar um tênis com a mesma rapidez e com a mesma taxa de entrega de um hambúrguer”, garante.
A Delivery Center atua com pedidos por telefone ou por aplicativos, como o já citado iFood e o Rappi, e desde dezembro de 2018 testa o app próprio DTudo, em referência à variedade de produtos que os consumidores podem comprar por meio da solução. São cobrados 12% do lojista para fazer a gestão do processo de venda (tirar fotos dos produtos, colocar nos aplicativos parceiros e gerenciar todo o inventário do lojista, para que tenham boa performance de vendas nesses apps) e 9% pela entrega.
A maior parte da operação está concentrada em alimentação. As vendas de não comida correspondem a 6%, mas a meta é que correspondam a 60% até 2021. Até lá, a expectativa da Delivery Center é de gerar um movimento geral de vendas de todos os lojistas e redes plugados de US$ 1 bilhão.