“Será importante acompanhar de perto o volume a ser desembarcado e os preços a serem praticados do cloreto de potássio no país nos próximos meses”, apontam os analistas do Itaú BBA.
O volume de nitrato de amônio importado no primeiro quadrimestre de 2022 foi 52,8% inferior ao de 2021, causado principalmente pela redução do volume proveniente da Rússia. O país bloqueou as exportações em fevereiro para reforçar o atendimento da demanda doméstica. Com isso, cresceu a participação da Holanda no fornecimento do insumo. A participação do país nas importações brasileiras ou de 31%, em 2021, para 56% em 2022.
Outro produto cujo volume de chegada foi maior em abril em comparação ao mesmo mês de 2021 foi o MAP, dos quais 40% são originários da Rússia. Mas no primeiro quadrimestre do ano, segundo a Secex, as compras somam 954 mil toneladas, 15% menos que o registrado em igual período de 2021.
“Com os problemas logísticos decorrentes da guerra, também é um produto importante a ser acompanhado nos portos brasileiros nos próximos meses”, diz o Itaú BBA.
Outro item em que a participação russa na oferta ao Brasil foi menor é a de ureia. Ela diminuiu de 26% para 16%. A perda foi compensada pelo maior volume de compras de Omã (cuja fatia subiu de 11% para 16%) e Nigéria (7% para 23%).
O Brasil importou uma maior quantidade de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos da Rússia no primeiro quadrimestre de 2022 – foram 196,5 mil toneladas, 177,8% a mais do que no mesmo período do ano anterior, aponta a Secex. Mas, por causa do descomo entre oferta e demanda do produto, foi pago 341,6% a mais, ou US$ 169,1 milhões.
É uma situação similar à do carvão. O Brasil importou 1,53 milhão de toneladas da Rússia entre janeiro e abril, 13,3% a mais do que nos mesmos meses do ano ado. Mas o valor pago mais do que triplicou, atingindo US$ 357,6 milhões.
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