A Eletrobras confirmou, na noite desta quarta (16), que ocorreu um desligamento na linha de transmissão Quixadá/Fortaleza por “atuação indevida do sistema de proteção” em questão de “milissegundos antes” do apagão às 8h31 no Sistema Interligado Nacional (SIN). 31501j

“Ressalta-se que o desligamento da citada linha de transmissão, de forma isolada, não seria suficiente para a abrangência e repercussão sistêmica do ocorrido”, disse a Eletrobras em nota (veja na íntegra) ressaltando que, em caso de desligamento de qualquer componente, o sistema “deve ser capaz de permanecer operando sem interrupção do fornecimento de energia”.

A companhia afirmou, ainda, que a manutenção da linha apontada como origem do apagão “está em conformidade com as normas técnicas associadas”, e que está colaborando com o ONS para identificar as causas e motivos que levaram ao apagão.

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Alexandre Silveira afirmou que a Chesf, subsidiária da Eletrobras, itiu que houve um erro no sistema que não protegeu a linha de transmissão, mas disse que “não se pode dizer ainda se foi uma falha humana, no lançamento do projeto de engenharia, ou uma falha sistêmica”. Ele ainda ressaltou que as autoridades devem seguir na apuração do apagão, já que apenas a falha em si não seria capaz de desligar o sistema inteiro.

Mais cedo, o ministro Flávio Dino, da Justiça, solicitou que a Polícia Federal investigue as possíveis causas e responsáveis pelo apagão

Ainda na quarta (16), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, notificou a Eletrobras a prestar esclarecimentos sobre o apagão. “Ela tem que informar ao povo brasileiro que medidas de manutenção e de bom funcionamento a empresa vem adotando para o sistema”, explicou o secretário Wadih Damous.

No ofício, a Senacon questiona a causa do apagão, as providências tomadas e o plano de contingência da Eletrobras para assegurar a continuidade da prestação de serviços e evitar situações de interrupção no fornecimento de energia elétrica.