Uma pesquisa da Escola Nacional de istração Pública (Enap), vinculada ao Ministério da Economia, aponta que a tecnologia pode substituir o trabalho de 53,6 mil servidores públicos federais que estarão aptos a se aposentar até 2030.
Segundo o estudo, de um total de 521,7 mil funcionários que atualmente têm carga igual ou superior a 40 horas semanais, 232,3 mil poderão se aposentar ou serão aposentados compulsoriamente nos próximos dez anos.
Até 2050, o total de aposentadorias pode chegar a 482,8 mil, dos quais 92,3 mil poderão ter suas atividades executadas por máquinas.
Entre as ocupações consideradas mais propensas à automação estão:
Os cargos considerados menos propensos a serem substituídos por máquinas são:
Ainda segundo o Enap, 27% dos cargos que ficaram vagos por aposentadoria de seus ocupantes em 2020 podem ser substituídas por serviços automatizados. De 13,9 mil servidores que se aposentaram, 3,7 mil exerciam funções com grande potencial de serem automatizadas.
O órgão destaca ainda que impacto da automação pode aumentar a desigualdade de gênero, já que das 232 mil mulheres que ocupam cargos no serviço público, 48,1 mil estão em ocupações de alta propensão à automação, ou seja, 20,7%. Para os homens, esse número é de 56,6 dos 290 mil, representando 19,5%. Costureiras, auxiliares de escritório e de biblioteca são exemplos de ocupações com alta propensão à automação compostas por uma maioria de mulheres.
A automação deve atingir principalmente as ocupações que exigem menor nível de escolaridade e menor média salarial. Entre os cargos propensos à automação com grande número de ocupantes estão os de assistente istrativo (73.208 servidores), auxiliar de escritório (8.022) e datilógrafo (4.559).
VEJA TAMBÉM: