Quadros cita que, nesta quinta-feira, mais 15 leitos do Hospital de Clínicas serão acrescentados ao sistema. “Ainda podemos abrir mais alguns leitos, está na nossa programação. Também cancelamos cirurgias eletivas e podemos transformar centros cirúrgicos em UTIs. Ainda não estamos no limite, mas precisamos da contribuição da comunidade para que o sistema continue dando conta”, conclui, citando que a redução da movimentação das pessoas, além de diminuir a circulação do vírus, ainda contribui para a redução dos casos de traumas, liberando mais leitos nos hospitais.
O diretor de gestão em saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak. “Quando a gente tem um paciente para internar, o fato de ter um hospital lotado não significa que ele fica sem assistência. A rede é composta por diversos hospitais. Como o próprio nome da diz, o SUS é um sistema único. O cidadão tem direito a atendimento em qualquer lugar, independente de onde ele for. Quem distribui é o complexo regulador (central de leitos). Pela localização, gravidade, tipo de leito necessário e mapeamento ocupação, o direcionamento para o melhor leito possível”, diz.
O diretor da Sesa explicou que a secretaria abandonou o conceito de hospitais de referência e hospitais de retaguarda, adotado pelo estado em março, no início da pandemia, que indicava um hospital principal para concentrar os casos de Covid-19 em cada região (em Curitiba era o Hospital do Trabalhador) e hospitais de retaguarda para serem utilizados após a lotação do hospital de referência. “Agora estamos atuando com conceito de rede. Todos os hospitais que têm leitos Covid estão no sistema e o complexo regulador indica o melhor leito para cada paciente”, diz.
Essa equação não tem um final feliz. Temos, óbvio, que ampliar leitos dentro das nossas limitações de estrutura, insumos e de pessoal, mas , não é possível ampliar indefinidamente o número de leitos. Temos um limite
Vinícius Filipak, diretor da gestão em saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa)
Anunciando que o estado está ativando leitos de UTI Covid no Hospital São Lucas Parolin, em Campo Largo, Filipak diz que o estado está ampliando leitos, mas que não há como aumentar a oferta de leitos na velocidade em que os casos estão crescendo no Paraná. “Essa equação não tem um final feliz. Temos, óbvio, que ampliar leitos dentro das nossas limitações de estrutura, insumos e de pessoal, mas , não é possível ampliar indefinidamente o número de leitos. Temos um limite e, seja com um, dois, ou 50 hospitais, vamos chegar ao esgotamento”.