“Se a pessoa economiza, ainda assim ela é obrigada a pagar por essa tarifa mínima. No entanto, quando a gente está pensando em economia de água e em baixar o consumo, a pessoa que economiza e consome menos do que os cinco mil litros da tarifa mínima acaba sendo penalizada. Ela é obrigada a pagar por essa tarifa mínima mesmo sem ter consumido toda essa água. Essa tarifa mínima poderia ser repensada”, sugeriu. p13

Já a coordenadora nacional e estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens, Daiane Machado, questionou os sucessivos aumentos de tarifa praticados pela Sanepar antes e até mesmo durante a pandemia.

Segundo ela, um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o valor médio cobrado pela companhia triplicou entre 2010 e 2019, o que fez a conta de água dos paranaenses ser uma das mais caras do Brasil.

“Em 2010 a tarifa média praticada pela Sanepar era 13% menor que a média nacional. Nove anos de pois, em 2019, essa mesma tarifa média ou a ficar 21% acima da média nacional. A gente vê uma mudança do olhar [da empresa] e o quanto o aumento das tarifas está voltado para atender o mercado”, destacou.

Questionada sobre os dois pontos, a assessoria de imprensa da Sanepar informou que a cobrança da tarifa mínima de 5 metros cúbicos praticada pela companhia é determinada pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar). A companhia não respondeu sobre os aumentos das tarifas. A Gazeta do Povo também aguarda um posicionamento da Agepar sobre a cobrança de tarifa mínima de água.

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