O prédio, que tinha inauguração prevista para o primeiro semestre de 2021, está com janelas quebradas, buraco no teto e sem a fiação elétrica, que foi furtada após ter sido instalada. Moradores dos arredores da obra, no Alto Maracanã, reclamaram da falta de segurança no local.
“Só tem um segurança que cuida durante a semana. Nossos clientes am na frente e dizem que está tudo vandalizado. É um absurdo, porque a delegacia nem inaugurou. Deveria ter sido inaugurada ano ado, mas deixaram de lado. E o pior é que quem paga essa conta somos nós”, lamentou um comerciante à Tribuna do Paraná. Ele pediu para não ser identificado.
“Por fora, não houve dano, então parecia que estava tudo normal. Por isso, só se preocuparam em colocar segurança e vigia nas obras após a descoberta de que haviam levado ar-condicionado, tubulação e fiação elétrica. Eu não entrei, mas o pessoal do bairro disse que os vândalos entravam pelos fundos do terreno, em meio ao mato alto”, disse outro comerciante de uma rua próxima da delegacia, que também preferiu não se identificar.
Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria da Secretaria de Segurança do Paraná informou que "um termo aditivo para conclusão da obra está sendo celebrado, e a Sesp está buscando uma forma de resolver este problema o mais rápido possível".
Sobre os furtos ocorridos no local, a pasta informou apenas que a responsabilidade pelo local durante a execução das obras é da empreiteira contratada. Não foi informado o nome da empresa.
A nova Delegacia Cidadã de Colombo começou a ser construída em 2020, de acordo com a reformulação proposta pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná. O projeto prevê que o local substitua as duas outras delegacias da cidade e absorva as funções em um só endereço, localizado na Avenida Colombo, a poucas quadras da Estrada da Ribeira.
Segundo o Governo do Paraná, a Delegacia Cidadã reúne diversas especialidades da Polícia Civil em um único local, centralizando os serviços para a população. O novo módulo de Colombo prevê espaços separados para atendimento seletivo às vítimas e agressores, em ambientes isolados para crianças, adolescentes, mulheres e idosos, e também inclui salas para advogados e para a Polícia Militar. Outra diferença na estrutura é a ibilidade para pessoas com dificuldades motoras e banheiros adaptados.
Com a nova estrutura, o governo diz que a Polícia Civil irá unificar os departamentos de atendimento e investigação, o que facilitará a troca de informações entre os delegados e investigadores e o andamento dos inquéritos.