Para o pai de Rachel, Michael Genofre, a notícia foi recebida como um alívio para uma espera que parecia não ter fim. “Mas agora queremos ver a justiça acontecer. Por um momento, desacreditamos que o caso seria resolvido. Agora queremos saber por que a Rachel e como tudo foi feito”, desabafou. “A repulsa é maior do que a revolta”.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) , o suspeito está atualmente preso em Sorocaba, no interior de São Paulo, mas vivia em Curitiba na época do crime. Segundo as investigações, ele não tinha nenhuma relação com Rachel, mas morava a apenas 700 metros do caminho que a menina fazia para ir à escola, no Centro da capital. “Como pai, espero justiça. Foram 11 anos e esse é um tempo muito grande para descobrir quem era um cara que ficava a apenas 700 metros da escola da minha filha”, destacou Genofre.
O corpo da menina Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois de a menina desaparecer, na saída do Instituto de Educação, escola onde a garota estudava no Centro de Curitiba. Rachel foi posta na bolsa envolvida em dois lençóis. Havia sacolas plásticas na cabeça e a menina estava nua da cintura para baixo. Laudos técnicos comprovaram que Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.
Nas investigações ao longo dos anos, a Polícia Civil chegou a prender diversos suspeitos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. Investigadores chegaram a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos.