Embora não revele quanto recebeu de investimento, Pedro explica que os recursos serão usados para fortalecer a presença da Greentable na Grande São Paulo e prospectar parceiros em localidades próximas. Atualmente, apenas moradores da cidade do Rio de Janeiro tem o aos produtos da marca fora da capital paulista.
“São dois planos de aceleração nos próximos 24 meses, sendo o primeiro voltado ao consumidor final na Grande São Paulo (B2C) ao otimizar as nossas estruturas que ainda têm uma grande capacidade ociosa, e o segundo para o B2B através de parceiros comerciais”, conta Pedro Semeone.
Estes parceiros são supermercados, empórios e congêneres que distribuem os produtos fabricados nas estruturas da Greentable em São Paulo, vendendo por um valor em torno de 10% maior do que o praticado no digital da empresa. O tíquete-médio na venda direta fica na faixa de R$ 30 a R$ 35.
Atualmente, os produtos da Greentable são vendidos no site da empresa, em marketplaces e e-commerces de parceiros. No entanto, a marca pretende implantar o próprio canal de vendas mais tecnológico e com novas estratégias de marketing.
Mercado nacional
Pedro Semeone e Felipe Capito, CEO e chef de inovação, respectivamente.
Após esta fase de aceleração, que vem registrando um crescimento em torno de 30% ao mês, a Greentable pretende partir para novas rodadas de investimentos e alcançar o mercado nacional em até cinco anos.
“A gente ainda vê um ‘mar azul’ gigantesco na Grande São Paulo para atuarmos principalmente na parte digital. E a ideia é que, com uma captação maior depois desses 24 meses, a gente faça um crescimento nacional para abranger o Brasil como um todo”, explica o CEO da foodtech.
Segundo a Greentable, a última rodada de investimento (chamada de seed) teve uma valorização de 7,5x o faturamento dos últimos doze meses, através da venda de 10% do capital para investidores. Entre eles, informa a empresa, estão Marcos Rosset, ex-CEO da Disney Brasil; Bruno Lima, fundador da Caffeine Army; Felipe Miranda, da Empiricus; Arnaldo Rocha, da DealMaker; Poly Gurian, da UBS; os sócios da Oria Capital e executivos de grupos como Banco Itaú, Credit Suisse, Marfrig, Tracbel e Mercado Bitcoin.
Além de Pedro, que teve agens pela XP e pela Votorantim, também fazem parte da Greentable o ex-diretor financeiro de uma das divisões da Ambev no Brasil, Nelson Semeoni; Celso Guimarães Filho, sócio da DealMaker e ex- Bank of America; e o próprio chef Felipe Caputo, para o desenvolvimento de novos produtos e inovação.