Há muito mais países que proíbem a ractopamina do que aqueles que item seu uso, diz Alan Brugler, presidente da consultoria Brugler Marketing & istração. Manter dois sistemas separados de produção, para garantir que um deles seja livre de ractopamina, acaba sendo muito dispendioso, segundo Brugler.
Se toda a suinocultura americana parasse de utilizar a ractopamina, a produção de carne suína diminuiria em pelo menos 50 mil toneladas por ano, porque os porcos ficariam mais magros – assegura Dan Basse, presidente da AgResource.
A Tyson Foods destacou que os suinocultores foram avisados da mudança na quarta-feira (16) e que terão até o dia 4 de fevereiro de 2020 para atender à exigência. Até agora, a empresa vinha mantendo sistemas de produção separados (suínos e frigoríficos), para assegurar o fornecimento de carne livre de ractopamina para alguns países. No entanto, com a demanda global crescente pela carne suína, essa fórmula deixou de funcionar. A proibição valerá a partir de 2020.
“Foi uma reação à medida tomada pela JBS, de forma a abrir oportunidades de exportar para a China”, avalia Michael McDougall, corretor da Paragon Global Markets, com sede em Nova York. A China vai precisar de “um bom tempo para se recuperar, o que permitirá a países como o Brasil e os EUA aumentar suas exportações”.