“Essa concentração pesa também nas demais pautas do comércio internacional do Brasil, porque a maior parte das exportações está concentrada em poucos produtos, a maioria ligado ao agronegócio. As principais commodities agrícolas representam 38% das exportações totais do Brasil no primeiro semestre. E a maior parte vai para a China”, explicou a presidente da Palermo Strategic Consulting e ex-secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Tatiana Palermo.

Na realidade colocada por Tatiana fica clara quando se observa o crescimento das exportações das commodities agrícolas, em detrimento dos produtos industrializados do setor na última década. “Eu chamo essa relação com a China de dependência e acredito que seja insustentável. Essa dependência não é boa para o Brasil. A prova é que desde 2011 as exportações gerais estagnaram, muito devido a concentração em poucos produtos e ao país não importar produtos agropecuários”, continuou Palermo.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, ite a predominância chinesa nas exportações do agronegócio nacional, mas contrapõe avaliando que a pasta está em negociações para ampliar as nações importadores dos produtos brasileiros. “As negociações de grande interesse do agronegócio nacional, em estágio hoje mais avançado, são aquelas entre Mercosul e Coreia do Sul, Canadá e Singapura. Singapura é um importante centro para a distribuição de produtos agropecuários na Ásia. Canadá e Coréia do Sul, por sua vez, estão entre os sete maiores importadores agrícolas mundiais”, relatou a ministra.

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